Querido
filho, escuta com atenção o que tenho para falar. O dia que esta doença se
apoderar totalmente de mim e eu não for mais a mesma, tem paciência e
compreenda-a. Quando eu deixar cair a comida sobre minha roupa e me esquecer de
como calçar os sapatos, não percas a tua paciência.
Lembra-te das horas que passei ensinando-te as mesmas coisas.
Lembra-te das horas que passei ensinando-te as mesmas coisas.
Se
ao conversar contigo repetir as mesmas palavras e tu já saberes o final da história,
não me interrompas e escuta-me. Quando eras pequeno, tive de contar-te mil vezes
a mesma historia para que tu dormisses ou comesses.
Quando
eu fizer as minhas necessidades na roupa, não sintas vergonha nem fiques
zangado, pois não posso controlar-me. Pensa nas vezes, quando eras pqueno, te limpei e te ajudei quando também não podias controlar-te.
Não
arranjes desculpas quando não puderes ou não quiseres cuidar de mim.
Quando
te perguntar o que estás a fazer, não gozes, nem desconverses, pois sabes que
não entendo trocadilhos. Terei momentos de lucidez e outros de profunda
confusão na minha mente.
É
possível que nem sempre entenda as tuas palavras, mas sempre entenderei teus
abraços, teus carinhos e teus beijos.
Desejo-te
o melhor para tua vida com todo o meu coração, a mãe e nunca te esqueças do
provérbio:
“Filho
és pai serás, como o fizerdes o acharás”.